Mentes que traem

Muitas vezes perguntamos para o outro quem ele é, e sempre vêm respostas auto formuladas pelo cérebro para provar para que se enquadra nos padrões "interessante".

É tanta gente legal, bacana, honesta, inteligente que andam ai no dia-a-dia, mas que nunca se perguntam quem realmente são...

Muitas vezes achamos que definir é limitar-se. Creio que responder que sim é algo altamente radical, mesmo porque, sempre fugimos do conceito que impomos sobre quem realmente somos. Nunca dizemos para alguém o que se passa em nossa mente; traiçoeiro, incompreensível, arrogante e mais uns punhados de verdades, e creio que seja algo da própria força da existência humana que nos permite não dizer tais verdades.

Necessitamos cativar, e com isso nos tornamos alguém que para o outro seja algo sublime e novo, algo que realmente tentamos ser. Mas e para nós? A mascara cai de qualquer jeito – sempre cai.

Hoje percebo quem sou; sou o novo, o sublime, a minha essência, meu perfil.,sou o que sempre quis ser, o que sempre quiseram que eu fosse, mas para ser assim necessito do outro, de apoio e compreensão (É possível e tem certo sentido, mas aqui, quero apenas tornar o ato de compreender algo, ingrediente indispensável à nossa convicção, sendo que tudo aquilo que motiva a busca pela compreensão faz parte do caminho do amadurecimento).

Não quero perguntar nada mais que seja programado para não correr o risco da descoberta frustrante da mente humana.

Hoje sou maduro... E não fantoches prontos para gesticular no espelho de quem o vê...