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Sentimento do dia

É, ando meio desanimado por aqui, mas hoje me fez desperta algo que me incumbiu a postar aqui um novo tema...



Na verdade não é nada novo, é algo que complica a vida de qualquer ser humano...


O sentimento, é, é ele mesmo. Ele por si só já nos deixa confuso, com raiva, com medo, pavor, ou diabos a quatro, ainda mais quando empregado em outra pessoa, xiiii, ai já viu...


Como se diz William Shakespeare

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.”


Sentir é inevitável...


De fato, a preferência que se dá ao sentir, mais do que ao sentimento, que é a marca de todas as pessoas sensíveis às emoções, conduz, tal como o desejo de fazer sentir e de ser levado a sentir, comum a todas as instituições postas ao serviço do sentimento, a uma diminuição do nível e da essência do sentimento face à sua manifestação instantânea como estado de ordem pessoal, e finalmente àquela superficialidade, inibição e total insignificância para as quais não faltam exemplos.


Robert Musil, em 'O Homem sem Qualidades'


O sentimento pode ser tomado de varias formas... O que habitualmente se sofre (se sente) não se pode contar. Não é só porque isso é normalmente ridículo (porque a grande maior parte do que se pensa e sente é ridículo) e só o que é grande é que cai bem e vale, portanto a pena dizer-se. É que o dizer-se altera o que se diz. O sentir é irredutível ao dizer. Só o estar sofrendo diz o sofrer. Na palavra ninguém o reconhece ou reconhece-o de outra maneira (palavra não é nada sem sentimento – mostrado), essa maneira em que já o não reconhece o que o conta. Mas dizia Vergílio Ferreira, que a generalidade do que se pensa, sente, é ridícula. São raros os momentos de “elevação”. A quase totalidade do tempo passamo-la distraídos, alheados em idéias sem interesse, nascidas de coisas sem interesse, as coisas que vai havendo à nossa volta ou no nosso divagar imaginativo ou que nem sequer chega a haver porque há só a abstração total no quedarmo-nos pregados às coisas que nem vemos nem nos despertam idéia alguma e estão ali apenas como ponto de fixação do nosso absoluto vazio interior.


E a jornada desse sentimento abstrato se finda em um poço sem fim...


Grande abraço!!